O Solstício de Inverno é uma data de grande importância para diversas culturas antigas, que a associavam simbolicamente ao nascimento e renascimento. Civilizações antigas orientava as suas vidas sob o ciclo do sol e os meses frios eram um desafio à sobrevivência. Os festivais e cerimónias que marcavam esta data tinham como objectivo promover, através de orações, oferendas e sacrifícios, o retorno do sol e o nascimento da vida.
Na antiga Roma, este festival era chamado de “Natalis Solis Invicti” (nascimento do sol invicto) e ocorria durante o festival da Saturnalia que era o maior festival do ano.
Mas a tradição de celebrar a chegada do Inverno é muito mais antiga...
A celebração do Yule costumava ser muito importante para as comunidades pagãs na Europa. Entretanto, ela foi uma das tradições absorvidas pela Igreja Católica e tornou-se o que hoje celebramos como o Natal. As celebrações de Yule tem como base o fortalecimento da energia solar e o renascimento. O Yule é, ainda hoje, considerado o início da roda do ano por muitas tradições e culturas. Este ritual também é conhecido como o Festival das Luzes, pois é costume acender várias fogueiras, tochas e velas nessa noite.
Originalmente, Yule era o nome de um tronco de árvore, uma espécie de pinheiro. Nessa época, os troncos de Yule eram trazidos para dentro das casas para entalhar a figura do sol e outros símbolos mágicos ou figuras masculinas representando o Deus-Sol. Depois era decorado com folhas verdes de pinheiro e azevinho, cujas as folhas perenes e sempre verdes, simbolizam a continuação da vida. Mas o ritual de Solstício de Inverno tem vários outros costumes e simbolismos como velas, sinos, árvores decoradas, coroas, troca de presentes e brindes:
Os sinos são símbolos femininos de fertilidade.
As coroas representam a roda solar e o retorno do sol.
As velas representam o antigo costume da fogueira de Yule, que era acesa para dar vida e poder ao sol. Ao longo do tempo foram substituídas por velas vermelhas que podiam ser queimadas dentro de casa.
A tradição de decorar árvores era costume dos bosques de pinheiro onde eram colocados alimentos, decorações e presentes nas árvores para agradecer aos espíritos e deidades.
Os presentes simbolizam a partilha do inverno, onde cada um partilhava os alimentos que tinha para que todos pudessem finalizar o inverno sem passar fome.
Participar num ritual de Yule de forma integrada, promove limpeza de energias densas e estagnadas, trazendo grande benefício para o sistema energético e fortalecimento para lidar com as dificuldades. As energias de Yule podem ser direccionadas para reafirmar a continuação dos ciclos da vida e integrar a coragem para enfrentar os obstáculos.
Independentemente do ritual ou tradição, esta é uma data que convida a refletir, reafirmar, reajustar ou refazer metas e objectivos anuais. O reconhecimento do solstício de inverno como uma cerimónia pessoal, pode ajudar a refinar as nossas intenções e enraizar-nos com mais firmeza no caminho do crescimento pessoal.
Parar para honrar esta passagem, é reconhecermo-nos como parte da natureza, da dança antiga da contracção e expansão, inspiração e expiração, que acompanha a vida de todos os seres!
Ritual do Solstício de Inverno
Acenda umas velas e/ou fogueira
Sente-se confortavelmente com um caderno e uma caneta ao pé
Fique uns minutos em silêncio, observando a sua respiração
Ligue-se à energia da terra
Reflita sobre:
O que é importante para mim?
O que eu valorizo?
O que quero trazer para a luz?
O que quero alcançar?
Que projetos desejo realizar?
Que novos hábitos quero cultivar?
6. Escreva no caderno as respostas que lhe surgirem, insigths, visões, intuições, sensações que teve ao refletir sobre as questões acima.
QUE O PODER DO SOL DESPERTE E O ESPÍRITO DA LUZ RENASÇA!
Silenciosamente, agradeça o dia.
Agradeça aos ensinamentos das trevas (obstáculos e dificuldades).
Ofereça seus medos à Mãe Lua.
E agradeça o retorno da luz.
Feliz Natal!
Feliz Yule!
Namaste!
MJ
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