top of page

Manifestações da energia vital


Energia é um conceito muito amplo. Ela existe em toda a parte. Onde há matéria, há energia que a sustenta. O seu principal atributo é a eternidade: a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada.


Os Upanishads, antigos textos sagrados hindus, declaram que a Energia é uma só.


Além das energias grosseiras (matéria orgânica, inorgânica, calor, electricidade, etc), existem as energias mais subtis que participam nos processos corpóreos e mentais e na manutenção e funcionamento do organismo dos seres vivos. Normalmente não podem ser percebidas pelos sentidos destituídos de sensibilidade. São conhecidas por vários nomes em diferentes culturas ao longo dos tempos e recebem várias denominações, tais como PRANA, FORÇA VITAL, CHI, KI, ORGÔNIO, MANA, ENERGIA CÓSMICA, etc.


Esta energia está presente em todas as regiões do Universo e é particularmente utilizada pelos organismos vivos. As plantas são excelentes a absorver a energia subtil, processando-a e devolvendo-a ao meio ambiente, até mesmo distribuindo-a entre outras formas de vida no planeta. Já os seres sencientes fazem um uso menos eficiente desta energia!


O desenvolvimento da capacidade de visualizar ou sentir a energia que permeia a vida permite-nos adentrar num mundo fascinante: o mundo das subtilezas, um mundo de troca e harmonia, onde os seres vivos participam de forma activa.



Energia, frequência e vibração

Como referia acima, os textos filosóficos Upanishads, contidos nos Vedas, enfatizam que a energia é uma só, que a verdadeira natureza dos seres individuais não é separada de Brahman, mas uma expressão da mesma consciência. Esta perspectiva sugere uma profunda unidade do universo, onde cada aspecto, por mais minúsculo que seja, é integral e inseparável do todo.


Brahman é considerado a realidade última que permeia tudo, incluindo o universo. É visto como a fonte e o sustentador, de onde surge toda a existência. Esta consciência cósmica manifesta-se em cada ser, cada partícula, representando um reflexo ou expressão do próprio Brahman.


Em última análise, tudo no universo é feito da mesma substância; os átomos estão apenas arranjados de forma diferente. A interconectividade do universo pode ser encontrada no emaranhamento quântico, ou na teoria das cordas, onde as vibrações das cordas criam nossa realidade.


“Se quer descobrir os segredos do universo, pense em termos de energia, frequência e vibração” - Nikola Tesla

O meio através do qual som, vibração, frequências e energia se manifestam e se propagam é conhecido como Éter, ou Akasha. É considerado o mais sutil e penetrante dos elementos, associado ao espaço, vazio e expansividade. Akasha é visto como o meio através do qual a vibração e a energia se propagam e a consciência se manifesta.




Prana e Kundalini


Este dois conceitos são facilmente confundidos, mas podem ser melhor entendidos da seguinte forma: assim como o Sol emite calor e luz, que são duas frequências diferentes do mesmo espectro eletromagnético, também estes dois conceitos se referem a dois aspectos diferentes da mesma energia.


Kundalini e Prana são formas diferentes de Shakti, a força feminina primordial da qual tudo tem origem. Se a Shakti é a energia da matriz cósmica, a kundalini é a sua correspondente no indivíduo. Ela reside no chakra da raiz (Muladhara), latente e inactiva, quando o ser humano é inconsciente das suas próprias possibilidades.


Prana é um tipo de energia subtil de natureza completamente diferente. Geralmente é chamado de "respiração vital" e é considerado precisamente como a energia que dá origem e sustenta a vida. Na realidade, o prana contém a semente da vida.


Prana significa literalmente “força vital”. É a força de que precisamos para actividades vivas como falar, mover, pensar, respirar, comer, etc. É a força que anima todas as formas de vida, o elo vital que conecta o corpo físico, a mente e a consciência.


A força vital de toda a criação, o Prana, também faz com que a Terra gire em torno do Sol, que a Luz orbite ao redor da Terra, que participe no movimento das ondas, que energize cristais e que habite noutras estrelas.


No yoga, o controle do prana é chamado pranayama e consiste em uma série de exercícios respiratórios. Existem vários tipos de prana:

  • Prana (propriamente dito) que desce do cosmo pela cabeça em direção ao nosso umbigo;

  • Apana que ascende de Muladhara para o mesmo centro;

  • Samana, que nasce do encontro dos dois e cria os elementos;

  • Vyana que usa esses elementos e move o corpo;

  • Udana, a forma mais refinada, que se eleva novamente na forma de tejas ou calor espiritual.



 

Leia mais sobre os cinco movimentos da energia vital:



O controlo da energia vital


Nas práticas de yoga, para além do trabalho no corpo físico, mental e emocional, as técnicas de controlo da energia vital são de extrema importância para activação e harmonização do corpo energético: o pranamayakosha.


Pranayama, mudras e bandhas são as técnicas mais empregues para redireccionar a energia através do controlo de algumas funções do corpo físico. No caso do pranayama através da respiração e dos mudras e bandhas através de contracções e posicionamentos de determinadas partes do corpo.


Os bandhas relacionam-se directamente com o corpo energético na medida em que, pelo controlo da musculatura, o corpo vai impedindo ou facilitando a circulação da energia nos órgãos e tecidos circundantes e promovendo o desbloqueio da ascenção da energia vital (kundalini) através de Sushumna, o canal energético principal que atravessa todos os centros de energia(chakras) de pranamayakosha.


Os principais bandhas são:

  • Mula, o fecho da raiz;

  • Uddiyana, o fecho

  • Jalandhara, o fecho da garganta;

  • Maha Bandha ou Tribandha, a combinação dos três anteriores.


Sobre esta temática leia, ou releia, o artigo sobre o controlo da energia vital, no qual se aprofunda a informação sobre os principais bandhas, os fechos energéticos:

33 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page